sábado, 17 de dezembro de 2011

Concentrado na linha de chegada


"Uma terrível, noite trágica
Apesar de eu ter feito apenas o que é certo
Mesmo com a minha consciência limpa
Eu não posso evitar essa inundação de lágrimas
Eu estou concentrado na linha de chegada

Apesar de eu estar me esforçando pelo bem deles
Eu serei mal compreendido
Até mesmo a minha querida
Interpretou mal o que era tão claro

Com o tempo eu acho que ela entenderia
Que isso foi pelo bem maior
Em breve eu vou encontrá-la em nossa mansão no céu
Deixando este mundo cruel para trás

É estranho que isso tenha que terminar assim
Mas mártires nunca tem uma oportunidade de falar."

Por: Pedro the Lion

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Enquanto não escuto sua voz.

Você também sente toda essa energia a nossa volta?
Você vê o quanto deixamos de ser felizes por não tentarmos?
Toda essa angústia no meu peito ainda brada seu nome, 
todo esse sacrifício vivido ainda sustenta nosso sonho, 
somos parte de uma história mal contada, 
pequenos quadros de uma redação rasurada,
retalhos de uma consciência envelhecida, 
retratos de uma verdade emoldurada.
Sinto falta de ver os seus olhos brilharem, 
sinto falta de ser os motivos deles sonharem,
Não entendo a química reversa que tem me preenchido, 
nem tampouco, o contraste azulado dessa pequena tormenta,
esse canto frio e úmido que por ora nasce em meu peito
ainda deixa dúvidas do que posso me tornar,
ainda rebela cicatrizes obscuras, que, permaneciam desconhecidas.
tantas perguntas para serem respondidas,
tantas encruzilhadas para serem travadas
e de todos as dúvidas que me condenam, 
me resta escolher, o quanto ainda serei bom pra você.

Por: Felipe Reis

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Enquanto tudo está escuro.

Estou transpirando mais rápido hoje a noite,
cada cifra que toca meus ouvidos me desloca devagar,
a casa está tão vazia hoje, e ainda assim, minha mente tão cheia.
Eu sinto a tristeza da sua voz correr por dentre os corredores vazios.
Me pergunto se existe beleza sem sofrimento.
Quando chorastes ao final daquele filme,
quando me arrepiei com o refrão daquela canção,
enquanto estava preso as palavras daquele bom livro.
No final, cada lágrima justificava a cena.
cada pensamento complementavam as estrofes.
Gosto quando posso sentir um pouco mais,
quando perco a razão só por perder,
enquanto não me encontro.
Está preso a tudo isso ainda me parece um vício,
e ainda sinto prazer enquanto tudo é silêncio e duvidoso.

Por: Felipe Reis

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Dedos cruzados.

Talvez deva existir alguma crise dos vinte e cinco,
alguma que justifique toda essa melancolia gratuita.
Não que me falte forças para continuar,
Mas me desorienta não saber por onde seguir..
Talvez exista mais alguém preso aqui dentro comigo,
talvez exista mais esperança perdida em algum lugar.
Hoje, no caminho de volta pra casa, não sabia bem onde estava indo,
um desespero agudo invadiu meu peito,
uma angustia escura atravessou minha face,
meus braços trémulos indicavam perigo,
meus olhos fundos me mostravam solidão.
Ando desconhecendo o semblante que carrego no rosto,
ando tropeçando nas pequenas valas de felicidade.
Se eu for visto em algum lugar com os dedos cruzados,
não ache estranho minha conduta,
talvez seja apenas uma pequena mania,
de uma leve crise que já tarda em findar-se.

Por: Felipe Reis

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Onde não me encontro.

Não foi o porta retrato no canto do quarto,
nem tampouco aquela música tocando baixinho,
não era a chuva que lentamente molhava meu reflexo,
nem o gosto adocicado do seu cheiro.
Entre caças palavras, jogos de memória e verdade ou consequências,
vou me adaptando a uma nova rotina.
Entre bulas de remédio, goles rasos de café e sorrisos formais,
vou chantageando meu peito.
Certa vez, ouvi dizer que não existem regras para um louco coração,
nem tampouco limites para um pequeno sonhador.
Nesses dias em que me retiro calado
e a dor do silêncio me fala mais alto,
me pego rolando na cama,
me acho buscando você.
Talvez tudo seja um grande mal entendido,
tudo não passe de uma grande confusão,
Talvez todo o esforço pra lembrar,
seja apenas a vontade de esquecer.

Por: Felipe Reis

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Incerta matemática.

Será chuva escorrendo pelo vidro da janela
ou apenas água molhando minha áspera face?
Sempre fico muito confuso nesses dias,
sempre me atrapalho nas contas.
Se calcula mais um, ou menos um, ano de vida?
É como em dias de sol com chuva,
como está no centro de uma reta e
não ter o menor senso de direção.
É nesses dias em que a mente perde o respeito
e me questiono entre ser mais experiente ou menos ranzinza.
Nessas vielas estreitas é que me perco,
nesses muros altos é que me sufoco,
me pego interpretando auto controle
ao tentar respirar mais devagar.
Com o peito vulnerável lembro de algumas aventuras,
enquanto o velho relógio da cabeceira me acorda
e embora haja tantos motivos contrários lá fora,
aqui dentro ainda me agarro a sensação de que
sobrevivi a mais um vinte oito de julho.

Por: Felipe Reis

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Velhos hábitos noturno.

Nessas madrugadas, em que me vejo sentado em meu quarto,
com minha velha camisa de seda e uma calça de pano qualquer,
não sei bem se é um vazio ou apenas o frio da noite,
um rock n' roll baixinho me embala enquanto uma série de
coisas atravessam meus pensamentos.
Talvez lembranças sejam um mal,
para quando ainda exista um pouco de esperança.
Sempre me senti um garoto meio perdido,
mas não é fácil não se perder,
tantos caminhos sendo criados
e ainda me pego pensando: e se?
Talvez haja esperança perdida em meio a minha idade.
Talvez.
Sonhava em ser mais um garoto com seu sorriso bobo
com sua felicidade estampada no rosto
e com seu brilho inconfundível nos olhos.
Mas estou sentando bem aqui esta noite.
E embora haja tantas dúvidas e segredos selados,
ainda me pego sonhando e me perguntando: e se?

Por: Felipe Reis

sábado, 14 de maio de 2011

Pessoas e suas naturezas.

Vez por outra, me pego lembrando de alguns contos ou fábulas que escutei durante a vida, e que por algumas circunstâncias, acabam fazendo muito sentido.


               Certa vez, após uma enchente, um escorpião, querendo passar ao outro lado do rio, aproximou-se de um sapo que estava à beira e fez-lhe um pedido:
"Sapo, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?"
 O sapo respondeu:
"Só se eu fosse tolo!  Você vai me picar, vou ficar paralisado e vou morrer."
Retrucou o escorpião, dizendo:
"Isso é ridículo!  Eu não pagaria o bem com o mal."   
E o sapo sempre se negando a levá-lo. Tanto insistiu o escorpião que o sapo, de boa-fé, confiando, concordou. Levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio. No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, já chegando à margem do rio, moribundo, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou:
"Por quê? Por quê essa maldade?  Por que você fez isso, escorpião?"
 E o escorpião respondeu:
"Não sei...  Não sei mesmo!!!  Talvez porque eu seja um escorpião e essa é a minha natureza..."



terça-feira, 10 de maio de 2011

Existe saudade?


Realmente não somos capazes de controlar o que sentimos,
descobri isso ao me pegar lembrando, entre goles mornos de café
e suspiros enigmáticos, que matematicamente eram soltos em
seqüências quase lógicas.
Como algo pode ser tão bom para ser lembrado e tão triste
por não fazer parte do seu presente?
É quando percebo que saudade nada mais é que:
Voltar pra casa andando com fones no ouvido e não prestar atenção
ao que está tocando,
é contar os passos do caminho cruzando os dedos e imaginando
você na sala me esperando com um belo sorriso,
é olhar pela janela em dias de chuva e se perguntar o que você
está fazendo agora,
é acordar pela manhã e procurar na cama alguém a quem eu pudesse
me aninhar e abraçar bem forte...
Como diria Gabito Nunes: "a saudade só não mata porque tem o
prazer de torturar."
E assim vão se passando as horas desses dias em que o relógio escolhe
por desacelerar suas passadas,
e tudo que miseravelmente me sobra, são meras expectativas
de quando poderei curtir um pouco do teu sorriso novamente.

Por: Felipe Reis

sábado, 7 de maio de 2011

Conversa de botas batidas.


Em uma tarde de conversa, podemos aprender muito sobre alguém,
Não se trata de informações privilegiadas, sigilosas ou simples bobagens.
Porém, de como uma amizade pode surgir, de como cativar alguém,
aprendendo a confiar, respeitar e seguir.
Como diria Antoine Exupery: "Cativar é criar laços"
Por vezes, transpareço não mais acreditar, mas contudo, existem pessoas
que me mostram a necessidade de acreditar na índole dos seres.
Como já foi dito por alguém, existem apenas dois tipos de pessoas:
As que te repelem e aquelas que com o tempo te atraem.
O fato é, não podemos caminhar a sós, a vida é complicada demais
para acharmos que podemos viver sem dividir nossos pesos e angústias.
Uma simples tarde de conversa, enquanto dividimos biscoitos e café.
Mas de todos os cuidados, atentos devemos nos manter a uma condição,
se uma pessoa é a soma de todos os atos que perfazem uma vida,
não achemos que podemos definir alguém com base em algumas conversas.
E assim, podemos nos dizer amigos.

Por: Felipe Reis

terça-feira, 3 de maio de 2011

Apenas um sonho ruim.

Por algum motivo hoje me senti fraco,
por algum motivo hoje me senti impotente,
algo amassou meu peito e dilacerou meus sonhos
um intenso e fugaz relance de tristeza me tomou.
Minha melhor música não confortava minha mente,
minhas mãos trêmulas temia o desconhecido,
um turvo e tenebroso caminho se avistava
um escuro e profundo rasgo se formava
e pedaços de palavras se perdiam.
Lá fora talvez exista alguma vida,
lá fora talvez existe alguma alegria,
mas aqui dentro, por ora, algo frio me tomou
e não existe nada além de um vazio. 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Enganos.


De tanto ver errar os homens,
de tanto enxergar os fatos,
um sábio ousou citar que:
"Errar seria humano.."
contudo, de tanto ver recomeçar os homens,
de tanto enxergar os fatos,
um outro qualquer emendou:
"permanecer no erro seria burrice.."
Acreditar na humanidade é necessário?
Afinal, um homem pode se arrepender?
um homem pode recomeçar?
Se respondermos de forma negativa essas
perguntas, estaremos assinando a sentença
de morte de todos os seres humanos que erram.
mas se errar é humano, logo me pergunto:
Quem deve viver então?

Por: Felipe Reis

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Roteiro em branco.


Ando tentando entender o motivo de, vez por outra, me pegar encenando
minha própria vida.
Há algum tempo não precisava me esconder atrás de uma imagem, há algum
tempo eu podia sentir as coisas sem medo do risco, sem fardo da culpa.
Mas de alguma forma meu escudo caiu e minha armadura já não protege
tão bem o meu corpo.
Quase sem perceber, o medo garantiu uma metamorfose dos meus sentidos,
uma necessidade de atuar em minha própria vida, que por ora, distrai minha
percepção e deixa turva toda a coerência.
Entendo que após uma queda ainda nos resta levantar novamente,
mas o que ando temendo?
Costumava ser bom com os jogos, sempre posicionei bem minhas peças,
pensava bem minhas opções, até arriscava mais do que deveria quando sentia
a distância dos limites.
Mas as regras não estão tão objetivas como de costume, não enxergo de
forma clara meus oponentes, e nem tampouco, conheço como será minha
próxima jogada.
Esses ensaios rítmicos na frente do espelho ocupam meu tempo de forma
demasiada, e a única certeza que posso desfrutar no momento é que o
acaso ainda é minha melhor opção.

Por: Felipe Reis    

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Inverdades.

De todas as verdades, me dói, a que conto através de mentiras,
tentando evitar obstáculos, diminuindo alguma dor, me protegendo,
de todas as mentiras, me inquieta, aquela onde falo algumas verdades,
por não aprender a mentir com o olhar, por não controlar o tom.
Há quem a afirme como um mal necessário,
enquanto outros atribuem-lhe calamidades como causa,
não sentimos o amargar dos fatos ao pronunciá-la,
nem tampouco vislumbramos todas as suas conseqüências,
amadurecem espontaneamente,
tomam vida ou vidas,
Iludem casos e casas,
destroem almas.
Mas de todas as inverdades,
ando perdido em meio às que conto a mim mesmo.

Por: Felipe Reis

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Herança Maldita.

Do que eles são feitos,
Quando não estão em seus cargos importantes,
Quando não estão por traz de seus ternos com tecido importado,
O que eles sentem,
Quando não idolatram sua hipocrisia,
Quando não satisfazem seu egocentrismo,
Do que são capazes,
Quando não manipulam os fatos,
Quando não brincam com os sonhos alheios,
O que eles fazem,
Quando não estão em suas reuniões,
Quando não estão perseguindo seus inimigos.
Até pouco tempo eu acreditava em algo,
mas até isso eles levaram...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Descontrole interno.

Talvez, criar expectativas seja um mau,
me orientar por pequenos gestos,
esperar iniciativas que talvez não aconteçam,
não pode ser mensurado um sentimento
nem tampouco ser contado um afeto.
Talvez, respeitar o acaso seja o melhor a fazer,
viver só o necessário.
Mas eu só aprendi um método de vida,
apenas uma personalidade me conduz,
onde virtudes e defeitos satisfazem um conceito,
e de todos os males que podem me seguir,
dar valor demais aos detalhes ainda me corroe o peito.

Por: Felipe Reis

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Algo entre as idas e vindas..


Algo confunde minhas idéias,
Algo entre o "tripulação preparar para pouso"
e o toque da aeronave no solo,
o som da turbina reversa cessando a velocidade,
o acender das luzes na cabine e
a ansiedade entre a pista e a sala de desembarque.
Algo acelera meu peito freneticamente,
A contagem dos passos até o estacionamento me acalma
e o cheiro de cidade pequena revigora meus pulmões.
Algo entre o tempo de permanência e a hora da ida,
Algo entre o chegar em casa e a saída.
Uma dúvida me resta entre as idéias,
uma pergunta permanece nas entranhas da mente,
Algo que ainda não senti a resposta,
Onde realmente devo me sentir em casa?

Por: Felipe Reis

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sucker Punch.

Muito se fala em anjos,
Guardas que velam por nós,
nós não sabemos em que formato eles irão aparecer,
um dia aparece como um homem velho,
no dia seguinte como uma mulher,
porém, não se deixe enganar..
Ele pode ser perigoso como um dragão,
mas não estão lá pra orientar a nossa batalha
a sussurrar em nossos corações,
cada um de nós, tem poder sobre o mundo que cria.
Negamos a existência de anjos,
tentamos nos convencer de que eles não existem,
no entanto, eles aparecem nos lugares mais incomuns,
e eles podem falar através de qualquer figura que possamos imaginar,
se necessário, gritam através demônios.
Quem é responsável pela vida que vivemos?
Quem nos envia monstros para matar-nos
enquanto cantamos que não iremos morrer nunca?
Quem nos ensina o que é real e como rir das mentiras?
Quem decide pelo que vivemos e como devemos
morrer pra defende-las?
Quem nos coloca em uma camisa de força?
Quem detém a chave para a nossa liberdade?
É você.
Você tem todas as armas que precisa.
Agora lute.

Por: Sucker Punch




segunda-feira, 28 de março de 2011

Verdades.

Há dias em que não queremos escutar a verdade,
há dias em que nos basta um pouco de ignorância,
há dias em que só desejamos não estar certo.
A verdade, as vezes, nos leva um pouco.
Mas as vezes, um pouco, é tudo que temos.

Por: Felipe Reis


domingo, 13 de março de 2011

Ratificando caminhos.


Por algum tempo enganei meu peito,
por pouco tempo perdi meus instintos,
busquei respostas nas perguntas erradas,
me perdi.
A cada palavra não pronunciada
inúmeras possibilidades perdidas,
a cada gesto cessado,
infinitas chances passadas.
Ando me questionando até onde irei resistir
ou mesmo o quanto poderei persistir,
a cada passo essa dúvida lateja no cérebro,
a cada dúvida busco forças para dar o próximo passo.
Talvez seja tudo parte de um simples jogo,
talvez apenas estágios de um grande teste,
mas a cada rodada que passa, sinto o peso e
a fraqueza do meu corpo ao lançar de cada dado,
e esses sintomas me parecem muito reais.

terça-feira, 8 de março de 2011

Lembranças!

When I see your smile
Tears run down my face I can't replace
And now that I'm stronger I've figured out
How this world turns cold and breaks through my soul
And I know I'll find deep inside me I can be the one

I will never let you fall
I'll stand up with you forever
I'll be there for you through it all
Even if saving you sends me to heaven

Seasons are changing
And waves are crashing
And stars are falling all for us
Days grow longer and nights grow shorter
I can show you I'll be the one

I will never let you fall
I'll stand up with you forever
I'll be there for you through it all
Even if saving you sends me to heaven

Cause you're my, you're my, my true love, my whole heart
Please don't throw that away
Cause I'm here for you
Please don't walk away and,
Please tell me you'll stay, stay

Use me as you will
Pull my strings just for a thrill
And I know I'll be ok
Though my skies are turning gray

I will never let you fall
I'll stand up with you forever
I'll be there for you through it all
Even if saving you sends me to heaven

Por: The Red Jumpsuit Apparatus
Your Guardian Angel

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Anjos existem?


Defina beleza em breves linhas.
Um simples conceito objetivo basta?
Bela.
Começaria pelos traços fortes de personalidade
moldado com um belo sorriso simétrico,
um olhar que, sem dúvida, bradam inúmeros mistérios,
pensamentos soltos descrevem seu incerto jeito.
Mesmo cego seria impossível não perceber,
que conceito algum descreveria apenas com palavras
esse inquestionável modo de beleza espontâneo.
Talvez seja pecado desejar algo impossível.
Nasceste com asas meu anjo,
jamais estarás presa aos limites da vida,
se tornaste a melhor forma de inspiração,
a melhor definição de encanto.

Por: Felipe Reis

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Desligamento instantâneo.


Hoje a incerteza bateu em minha porta,
meu peito desritmado desacelerou suas passadas
e mais uma vez caminhei desacreditado...
Cabeça baixa e fone no ouvido me desligava,
não percebia a presença dos errantes a minha volta,
não enxergava a estrada a minha frente,
uma escuridão explodiu em pleno o clarão do dia,
por um momento meus sentidos ficaram dispersos,
por um instante minha respiração se mostrou ofegante.
Nesses momentos me sinto tão fraco,
nesses instantes me mostro tão patético.
Tento retomar, no instante seguinte, o fôlego que perdera,
tento recobrar o ânimo que me abandonara,
os sinais a minha volta desorienta minha vista
e penso ser o único a estar nessa estrada,
mas eu sei, não estou sozinho, sinto o calor escondido,
e durante esse caminho de pedras,
tudo que preciso, é lembrar, que ainda existe esperança,
pelo menos aqui dentro.

Por: Felipe Reis

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Conclusão.

"Certa vez disse Atticus:
nunca se conhece realmente um homem até que se tenha calçado seus sapatos e caminhado com eles"


Por: To Kill a Mockingbird

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Devaneios tardio.

Num frágil momento de sono, uma voz fria e seca me toma a mente,
cenas comum ao meu passado fazem minha mente recordar,
por um pequeno momento lembrei que esqueci quem sou,
por um delicado momento retomei as lembranças que, empoeiradas,
se amontoavam num canto escuro e úmido das paredes do cérebro.
Pequenas peças começaram a moldar um linha racional,
algumas atitudes nunca entendidas, se fizeram lógicas e sensatas.
O que me afastou da verdade?
Talvez somos feitos para criar um mundo próprio, com idéias,
pensamentos e verdades ímpares...
Meu passado algumas vezes é retomado de forma involuntária,
vejo pegadas se amontoando em um caminho estranho,
vejo rumores de uma vida sendo construída e moldada.
tenho dúvidas quanto a precisão dos meus sentidos,
tenho medo quanto as escolhas tomadas em momentos de indecisão,
porém, minhas falhas me arrastaram até onde estou,
e de todos os medos e anseios, me afronta uma pequena premissa:
"Ainda me resta fazer por merecer"

Por: Felipe Reis

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Tempo amargo.

Como sempre, movido por insônia, sonhos e um pouco de loucura.
Eu conheço as regras do jogo, mas porque insisto em jogar de outro modo?
Será que ultrapasso os limites da loucura por algum momento?
Sinto não controlar meus pensamentos,
de um forma singela escuto vozes sussurrando ao pé do ouvido,
de forma sinfônica prevejo fatos que não deveriam ser cogitados,
imagens surgem na mente como lembrança do que não ocorreu.
Um corpo movido por centenas de escolhas conflitantes,
deixarei de ser utópico se comentar que não fui sábio em algumas?
Realmente não nos resta mudar o passado,
certamente seremos fruto do meio que vivemos e aprendemos..
Mas eu continuo a jogar com outras regras,
continuo a trilhar um caminho incerto, inseguro e escuro.
Por vezes sinto vontade de apenas ajoelhar e deixar tudo passar,
mas me resta um pouco de sanidade,
e precisamos nos manter em pé, mesmo quando isso não é fácil.

Por: Felipe Reis

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Herói de guerra.

Ele disse: "Filho, você viu o mundo?
Bem, o que você diria se eu lhe dizer que você poderia?
Basta carregar esta arma, e você ainda receberá um pagamento. "
Eu disse: "Isso soa muito bem."

Botas de couro preto
Cospe-lustrado tão brilhante
Eles cortaram meu cabelo, mas ele parecia bem
Nós marchamos e cantamos
Todos nós nos tornamos amigos
À medida que aprendemos a lutar

Um herói de guerra
Sim, isso é o que eu vou ser
E quando eu chegar em casa
Eles estarão orgulhosos de mim
Vou carregar esta bandeira
Para o túmulo se precisar
Porque é uma bandeira que eu amo
E uma bandeira que eu confio

Eu arrombei a porta
Eu gritei minhas ordens
As crianças, elas choravam
Mas eu tenho meus homens
Nós o levamos
Com um saco sobre seu rosto
Da sua família e amigos

Eles tiraram suas roupas
Eles mijaram nas suas mãos
Eu disse-lhes para parar
Mas depois eu me juntei
Nós batemos nele com armas
E bastões e não apenas uma vez
Mas de novo e de novo

Um herói de guerra
Sim, isso é o que eu vou ser
E quando eu chegar em casa
Eles estarão orgulhosos de mim
Vou carregar esta bandeira
Para o túmulo se precisar
Porque é uma bandeira que eu amo
E uma bandeira que eu confio

Ela caminhou entre balas e poeira
Eu pedi a ela para parar
Eu implorei a ela para ficar
Mas ela continuou
Então eu levantei a minha arma
E disparei

E as capsulas saltaram através da poeira
E através da areia
Que o sangue agora tinha encharcado
Ela desabou com uma bandeira na mão
Uma bandeira branca como neve

Um herói de guerra
É isso que eles vêem
Apenas medalhas e cicatrizes
Tão orgulhosos de mim
E eu trouxe para casa esta bandeira
Agora ela reúne poeira
Mas é uma bandeira que eu amo
É a única bandeira que eu confio

Ele disse, "Filho, você viu o mundo?
Pois o que você diria, se eu lhe dizer que você poderia? "

Por: Rise Against

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dúvidas do caminho.


O garoto que cresceu sonhando em ser herói,
morreu por tiros, em um confronto com a polícia.
O que mudou durando o caminho?
Faltou oportunidades?
influências?
exemplos?
O calor stressante no ônibus cheio?
O choro do filho ao soluçar por comida?
Mas o filho de um renomado promotor
foi visto assaltando um restaurante.
O que mudou durante o caminho?
Não foram a falta oportunidades.
Não foram os exemplos.
O artista sortudo ganhou seu primeiro milhão aos 15,
moveu grandes grupos de fãs pelo mundo,
foi internado por vício em drogas aos 21.
O que mudou durante o caminho?
Existe uma lógica sensata por traz de tudo isso?
O mundo pode ser muito injusto, mas ainda temos escolhas, não?
Espero poder responder, um dia.

Por: Felipe Reis

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Desconforto presente.

Você já se trancou em uma solitária vida por ação espontânea?
O que me surpreende, é suportar as infrutíferas horas que passam,
a falta de contato me transforma em algum tipo de desconhecido,
esse vazio físico que incomoda meus dias se confunde com as vozes
desconhecidas, que a noite, rastejam pelas brechas das janelas.
Esta solidão outrora desejada, inquieta meus pensamentos.
Constantemente necessito lembrar-me quem sou e anseio,
constantemente afago meu rosto buscando paciência.
Nunca desejei tanto um colega, um amigo, confidente,
nunca desejei tanto não sentir o tempo passar,
a cada hora que passa, apenas lembra que logo outra virá,
como um eterno inimigo do tempo,
prefiro fechar meus olhos e apenas fingir estar em outro lugar,
como um eterno inimigo do tempo,
conto mentiras a minha mente buscando não sentir a realidade,
e como um eterno inimigo do tempo,
entendo ser insuficiente estas tentativas frustradas e
tudo que me resta são os ecos que escuto do som da tv
pairando por um curto corredor a minha frente.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Me mostra o caminho..

Preciso acordar.
Esses sonhos não condizem com a minha realidade,
esses projetos de sonhos inacabados me sugam o foco,
sinto que mesmo com tudo que acontece a minha
volta, continuo a caminhar em infinitos círculos.
O que me deixa atordoado é a sinfonia que precede o fim,
o que me tira o sono é o estrago de quando tudo explodir,
o que destrata meu peito é o silêncio de todas as verdades.
Faço de contas que o caminho é tranqüilo,
é fácil se enganar...
vem comigo,
esquece teus problemas, por uma noite.
Deixa de lado tuas ambições.
segura na minha mão enquanto há tempo,
pois não tenho certeza de quanto tempo mais eu terei
para te despertar um sorriso.

Por: Felipe Reis