domingo, 28 de novembro de 2010

Mais do mesmo.

Porque me sinto atormentado?
Sei que meus anseios não passam de meros caprichos
quando afrontados aos sonhos de alguns outros seres,
Sei que meus motivos não nascem de sofrimentos palpáveis,
Entendo existir tantos outros fatos que sobressaem-se dos
que questiono por ora.
Mas porque ainda sinto tanta dor aqui dentro?
Sinto-me um desconhecido,
um estranho.
Por vezes parece que não tenho forças o suficiente
para aguentar o ardor do caminho...
Mas tantos sorriem, parece tão fácil moldar aquilo,
sinto que faço parte do meu maior perigo,
mas só sinto isso ao acordar soluçando.
É tão difícil correr quando não sabe-se onde quer chegar,
Cada minuto parece uma eternidade,
e alguns dos seus sonhos vão ficando pelo caminho.

Por: Felipe Reis

domingo, 14 de novembro de 2010

Pretérito Perfeito...


Desejar o passado é crime?
por vezes, fecho meus olhos e me pego em
situações que já não condizem com meu caminho,
por vezes, sinto algo que meu corpo já não reconhece,
basta uma música, uma imagem, um aroma, e me pego dando
voltas em fases que não deveriam me inquietar novamente.
Reviver...
Ouço o ruído das correntes enferrujadas arrastando-se pelo chão,
esse vértice obscuro e sensitivo não respeita minhas vontades,
não encontro uma perfeita sintonia entre a mente e o peito,
não me sinto a vontade usando pontos finais,
não me satisfaço com o presente.
Sem fôlego retomo o ar e acordo em meio a um profundo sono,
abro bem meus olhos e percebo que estou de volta,
abro meus olhos e reconsidero os fatos,
continuo vivo, mas os tempos são outros...

Por: Felipe Reis

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Índice do sono.


Quando vou estar pronto?
Essa imagem turva, fora de foco e mal acabada,
Quando estarei pronto?
Esses pensamentos críticos, toda essa angustia e incerteza.
Sinto não me enquadrar nos moldes dessa figura clichê,
Sinto não participar desse conceito unânime e ultrapassado,
Minha matriz não anseia dos mesmos preceitos desventurados,
nem tampouco, solidificado e predestinado quanto os outros.
Em um mundo confuso, de idéias entrelaçadas e embaralhadas
traço rotas desconhecidas e uniformes, causando desconforto...
Esse mal estar constante, essa dor contínua que entorpece
meu peito, silencia o grito dos meus olhos e forja sorrisos obscuros.
Passo horas cogitando idéias imprecisas e lógicas sem nexo,
meu relógio parou e tudo que me resta são rumores de uma mente
imprecisa e insegura que aguarda por mais um amanhecer
sentado em frente a uma janela em meio a tantas outras...

Por: Felipe Reis