segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Anunciação..


Da pequena janela, a volta me assombrava, a velocidade com que tudo passava me fez lembrar da destreza que a vida tem, pequenas imagens se repetia na minha mente, pequenos ecos dos sorrisos tombavam na parede do meu cérebro, até antão eu controlava bem minhas emoções...
Mas ao entrar no quarto algo estranho me tocou, não tive a certeza se era o vazio do meu quarto ou do meu peito.. já não tinha mais tanto controle quanto antes, já não tinha mais sorrisos na minha mente, apenas um canto vazio e sem vida.
Meus olhos embaçados molhavam meu rosto, minhas pernas trêmulas não suportavam meu corpo, o silêncio da sala me angustiava e a certeza de que estaria só no quadrado do meu quarto me dava tanto medo..
Tudo que eu precisava estava a cada segundo mais distante, tudo que eu precisava não estava bem aqui, sorrindo pra mim.
Eu sempre achei que mais nada poderia desfigurar minha calma, mais nada poderia abalar minhas estruturas, mas eu estava errado, completamente enganado.
Mas ainda me resta o amanhã, e tudo que tenho, são lembranças de tempos que não quero esquecer.

Por: Felipe Reis

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Por trás do sorriso.


"Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz"
Por: Charles Chaplin

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

À Deriva...


As linhas a minha frente já não se encontram tão retas como deveriam,
Meus olhos já não enxergam tão nitidamente as imagens no meu caminho,
Engano meu coração com tanta facilidade, que essa rotina já é comum,
Meus punhos já não carregam a mesma força de quando eu acreditava,
Meu corpo, em ordem crescente, sente sua vitalidade o abandonar,
De joelhos no chão, constantemente indago-me quem eu sou?
O Fato é que já não me importo com a dor que brada o meu peito,
O fato é que por mais setas indicativas que haja no caminho,
eu já não ligo mais, as respostas parecem estar na direção contrária,
Eu definitivamente não me adapto a tudo isso, sei que não...
é difícil acreditar que continuo, nem sei mais no que acredito,
nem sei mais no que acreditar.
Minhas escolhas parecem não demonstrar resultados e meu caminho
já está estreito e esburacado.
Tudo que eu queria agora, em meio a essa tempestade, era um sinal,
um simples sinal, indicando que tudo terminará bem.

Por: Felipe Reis