segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Enquanto tudo está escuro.

Estou transpirando mais rápido hoje a noite,
cada cifra que toca meus ouvidos me desloca devagar,
a casa está tão vazia hoje, e ainda assim, minha mente tão cheia.
Eu sinto a tristeza da sua voz correr por dentre os corredores vazios.
Me pergunto se existe beleza sem sofrimento.
Quando chorastes ao final daquele filme,
quando me arrepiei com o refrão daquela canção,
enquanto estava preso as palavras daquele bom livro.
No final, cada lágrima justificava a cena.
cada pensamento complementavam as estrofes.
Gosto quando posso sentir um pouco mais,
quando perco a razão só por perder,
enquanto não me encontro.
Está preso a tudo isso ainda me parece um vício,
e ainda sinto prazer enquanto tudo é silêncio e duvidoso.

Por: Felipe Reis

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Dedos cruzados.

Talvez deva existir alguma crise dos vinte e cinco,
alguma que justifique toda essa melancolia gratuita.
Não que me falte forças para continuar,
Mas me desorienta não saber por onde seguir..
Talvez exista mais alguém preso aqui dentro comigo,
talvez exista mais esperança perdida em algum lugar.
Hoje, no caminho de volta pra casa, não sabia bem onde estava indo,
um desespero agudo invadiu meu peito,
uma angustia escura atravessou minha face,
meus braços trémulos indicavam perigo,
meus olhos fundos me mostravam solidão.
Ando desconhecendo o semblante que carrego no rosto,
ando tropeçando nas pequenas valas de felicidade.
Se eu for visto em algum lugar com os dedos cruzados,
não ache estranho minha conduta,
talvez seja apenas uma pequena mania,
de uma leve crise que já tarda em findar-se.

Por: Felipe Reis