sexta-feira, 29 de julho de 2011

Incerta matemática.

Será chuva escorrendo pelo vidro da janela
ou apenas água molhando minha áspera face?
Sempre fico muito confuso nesses dias,
sempre me atrapalho nas contas.
Se calcula mais um, ou menos um, ano de vida?
É como em dias de sol com chuva,
como está no centro de uma reta e
não ter o menor senso de direção.
É nesses dias em que a mente perde o respeito
e me questiono entre ser mais experiente ou menos ranzinza.
Nessas vielas estreitas é que me perco,
nesses muros altos é que me sufoco,
me pego interpretando auto controle
ao tentar respirar mais devagar.
Com o peito vulnerável lembro de algumas aventuras,
enquanto o velho relógio da cabeceira me acorda
e embora haja tantos motivos contrários lá fora,
aqui dentro ainda me agarro a sensação de que
sobrevivi a mais um vinte oito de julho.

Por: Felipe Reis

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