sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Desalento cambaleante.


Inicialmente, apenas o parapeito de uma janela qualquer,
mas de longe, eu à avistava, tão orgulhosa e destemida,
ela ousava brincar com o vento que soprava do leste,
aquela dança ritmada ao som do estampido grave do vento,
aquelas cores manchadas de um caminho sofrido e árduo.
Mesmo presa a um mastro frio e solitário ela dançava,
demonstrando sua beleza, força e vitalidade...
Continências, sinais de honra e respeito manchadas de corrupção
não desmoronavam sua segurança moldada em traços firmes,
Gestos efêmeros de cordialidade deformada por conversas de bastidores,
não desfaziam o som do choro dos que deram sua vida por ela.
Incondicionalmente senti-me obrigado a estender minha mão
sobre o peito e em forma, cantar em homenagem a todas as
almas crucificadas para a manutenção da democracia vivida.
Sinto que o meu recrutamento acontecerá brevemente,
sinto que estarei disposto a honrar o nome, não meu simples nome,
mas os nomes contidos naquela flâmula que com tantos motivos
para aflição, ousava brincar com o vento.

Por: Felipe Reis

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