segunda-feira, 28 de maio de 2012

Enquanto caio dos sonhos.

A pele áspera do meu rosto,
as escuras linhas de minhas têmporas,
e as camadas extenuadas dos meus olhos.
Ainda somos tão jovens?
Perguntei a mim mesmo em silêncio.
Meus olhos pálidos não sabiam,
meus lábios trêmulos hesitaram.
Por onde anda minha vitalidade,
meus anseios de outrora,
meus impossíveis sonhos dos dezesseis.
Havia um tom reluzente nas minhas passadas,
um cintilante brilho nas minhas palavras
e um entusiasmo louco nos meus olhos.
Havia prazer em brincar com desafios,
havia ternura em brindar o novo.
Quando comecei a diminuir o ritmo?
Ainda sinto traços de vida neste peito
e pulsos correndo por entre os sonhos.
É algo leve entre o me jogar e o cair,
entre o se entregar e o permitir,
entre correr e o desistir.
Onde tudo ainda parece possível
e onde sinto que devo continuar.

Por: Felipe Reis

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