segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Céu de janeiro.

Tudo isso a minha volta nunca fez muito sentido,
Essas cicatrizes, ainda abertas, me ofertam tanta dor,
Essas equações em tons de cinza escuro e azul anil,
Esqueci-me de fechar as janelas durante todo o percurso
e ainda sinto a destreza do vento soprar lentamente.
Os mesmos discos cansados da minha estante,
as mesmas frases clichês amontoadas em meu quarto e
métodos esquecidos em valas sombrias de têmporas aquecidas.
Não sinto mais prazer em rasurar esta sinopse fria,
cartazes de promessas esquecidas,
chantagens de sonhos sacrificados
e engrenagens gastas forçando passadas.
A saliva ainda amarga o gosto do ar forçado,
essa verdade ingênua de uma realidade triste
ainda é a única força que me guia aqui embaixo.
Embora a luz lá fora pareça confortável
e o calor dos sorrisos pareçam ser verdadeiros,
ainda sinto uma atração profunda por essa força obscura 
que me prende abaixo das nuvens do teu céu.

Por: Felipe Reis

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